ALESE-2025

"Não podemos retroceder no combate à corrupção", defende senador Alessandro

O projeto também fixa um máximo de 12 anos para condenações por inelegibilidade, mesmo em casos de condenações sucessivas em processos diferentes

Por Redação em 19/03/2025 às 00:19:10
Foto: Marcos Oliveira - Agência Senado

Foto: Marcos Oliveira - Agência Senado

O senador Alessandro Vieira (MDB/SE) comemorou o adiamento da votação, nesta terça-feira (18), do projeto que muda os prazos de inelegibilidade para polĂ­ticos condenados. O projeto de lei complementar (PLP) 192/2023 determina que o perĂ­odo de inelegibilidade passe a ser Ășnico, de 8 anos. O projeto foi retirado de pauta pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a pedido do relator, senador Weverton (PDT/MA), que queria mais tempo para tentar um entendimento.

"Conseguimos impedir a votação do projeto que enfraquece a Lei da Ficha Limpa. Graças à nossa atuação no plenĂĄrio do Senado, evitamos um retrocesso que permitiria o retorno de polĂ­ticos condenados às urnas. A Ficha Limpa Ă© uma conquista da sociedade e precisa ser preservada para garantir mais integridade e responsabilidade na polĂ­tica. Seguimos firmes na defesa da transparĂȘncia e do combate à impunidade", ressaltou o senador Alessandro Vieira.

O projeto altera o inĂ­cio da contagem do prazo e a duração da inelegibilidade por crimes que tenham como consequĂȘncia a proibição de disputar eleições. O texto, da deputada federal Dani Cunha (União-RJ), foi aprovado na Câmara e passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Se sancionadas, as novas regras poderão ser aplicadas imediatamente e podem atĂ© mesmo beneficiar polĂ­ticos jĂĄ condenados.

Atualmente, o impedimento para que um condenado se candidate Ă© de oito anos mais o tempo restante de duração do mandato que ele ocupava. O projeto altera a Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar 64, de 1990) para que o perĂ­odo de vedação de candidatura passe a ser Ășnico, de oito anos, contado a partir da decisão judicial que decretar a perda do mandato, da eleição na qual ocorreu o ato que levou à condenação, da condenação por órgão colegiado ou da renĂșncia. TambĂ©m veda a possibilidade de mais de uma condenação por inelegibilidade no caso de ações ajuizadas por fatos relacionados.

"Este Ă© um momento crucial para a polĂ­tica brasileira. Não podemos permitir que a corrupção volte a ter espaço nas eleições. A Lei da Ficha Limpa foi uma conquista do povo e uma vitória da democracia. AlterĂĄ-la agora seria um golpe na integridade do processo eleitoral e na confiança da população nas instituições. A sociedade brasileira não tolera mais a impunidade, e Ă© nossa responsabilidade, como parlamentares, garantir que aqueles que cometeram crimes não voltem a se candidatar. Continuarei vigilante e atuando para que a moralidade e a justiça prevaleçam na polĂ­tica nacional", completou o senador Alessandro Vieira.

Fonte: Assessoria

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