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Senado torra milhões em mordomias: senadores sergipanos lideram gastos com "cotão"

A publicação de Cláudio Humberto reacende a discussão sobre o uso eficiente do dinheiro público no Brasil


Senadores Láercio Oliveira (PP) e Rogério Carvalho (PT) | Fotos: Assessoria

Neste sábado, 25, o renomado jornalista Cláudio Humberto trouxe à tona em sua coluna um panorama preocupante sobre os gastos dos gabinetes dos senadores brasileiros. Em 2024, os 81 gabinetes do Senado Federal custaram impressionantes R$ 39,6 milhões aos cofres públicos. O levantamento revela uma verdadeira festa com o dinheiro do contribuinte, com despesas que vão desde aluguel de escritórios políticos e salários de alto escalão até combustível, passagens aéreas, segurança privada e propaganda.

O destaque negativo ficou com os senadores Laércio Oliveira (PP-SE) e Nelsinho Trad (PSD-MS), cujos gabinetes lideraram os gastos, consumindo, respectivamente, R$ 809 mil e R$ 803,2 mil ao longo do ano.

"Cotão" milionário e ressarcimentos generosos

Grande parte das despesas foi alocada no chamado "cotão", uma verba utilizada para ressarcimento de praticamente qualquer gasto relacionado às atividades parlamentares. Em 2024, só essa categoria somou R$ 29,1 milhões, sem incluir diárias e despesas com correios.

Entre os maiores consumidores dessa verba estão os sergipanos Laércio Oliveira e Rogério Carvalho (PT-SE), que desembolsaram, respectivamente, R$ 555,9 mil e R$ 554,5 mil em um ano, seguidos de Randolfe Rodrigues (PT-AP), com R$ 550 mil.

Impacto no bolso do contribuinte

Os números escancaram a falta de parcimônia no uso de recursos públicos por parte dos senadores, evidenciando como as mordomias da classe política continuam pesando no bolso da população. Enquanto milhões de brasileiros enfrentam dificuldades econômicas, os parlamentares mantêm um padrão de gastos que desafia a lógica de austeridade.

A repercussão deve alimentar o debate sobre a necessidade de maior transparência e controle nos gastos públicos, especialmente em um momento em que se discute o papel das verbas indenizatórias e dos benefícios parlamentares.

A publicação de Cláudio Humberto reacende a discussão sobre o uso eficiente do dinheiro público no Brasil. Afinal, até quando o contribuinte será responsável por financiar excessos e privilégios que, muitas vezes, estão distantes das reais necessidades da população?

Cláudio Humberto/Diário do Poder

Rogério Carvalho Láercio Oliveira Senado Federal Gastos

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