A Presidente Nacional da Central das Entidades de Servidores Públicos (CESP), Lilian Fernandes, denuncia a recusa do Ministro de Estado da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, em recebê-los em audiência. Alega-se um boicote ativo por parte do Ministro, que tem seletivamente ignorado os pedidos de reunião da entidade, mesmo representando mais de 1 milhão de trabalhadores e trabalhadoras.
A Central das Entidades de Servidores Públicos (CESP) levanta sua voz contra o que descreve como exclusão e boicote por parte do Ministro de Estado da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo. Lilian Fernandes, Presidente Nacional da CESP, emitiu uma carta aberta, compartilhando a angústia da entidade diante da recusa contínua do Ministro em receber seus representantes.
“Tentamos há meses uma agenda com o Secretário Márcio Macedo e denunciamos o que está ocorrendo através de uma carta aberta ao Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que não respondeu nem nos atendeu”, afirmou Fernandes. Ela ressalta a frustração de representar mais de 1 milhão de trabalhadores e trabalhadoras, apenas para serem tratados como invisíveis pelo governo.
Além disso, Fernandes compartilhou um incidente recente durante um almoço com o ex-presidente Lula no Dia Internacional das Mulheres, no qual mulheres sindicalistas da CESP foram deixadas ao sol por horas, enquanto homens eram permitidos acesso ao evento. “Eles almoçaram ao som de Daniela Mercury, debaixo de árvores e sombras, enquanto muitos homens de gravata estavam presentes no Dia das Mulheres. Nós ficamos dentro de um cercadinho que eles fizeram, sob o sol”, relatou Fernandes.
A Presidente da CESP também expressou sua indignação com a exclusão da entidade de eventos importantes, como o Dia do Trabalhador. “Pedimos para os outros presidentes das centrais, eles também não permitiram nem que o logo da CESP estivesse nesse ato unificado”, lamentou Fernandes. Ela enfatizou a importância de um tratamento igualitário para todas as centrais sindicais e a necessidade de inclusão em todas as atividades governamentais pertinentes.
A carta aberta de Lilian Fernandes destaca uma preocupante tendência de exclusão e boicote por parte do Ministro Márcio Macedo, bem como uma série de eventos discriminatórios enfrentados pelas mulheres sindicalistas. Enquanto a CESP luta por reconhecimento e representação igualitária, a resposta do governo permanece elusiva.
“Queremos simplesmente o direito de fato que é da CESP e a representação dos trabalhadores e trabalhadoras. E lutamos para as contrarreformas, como a reforma trabalhista que temos que dar uma resposta aos trabalhadores, a reforma previdenciária que massacrou e tornou os trabalhadores descamisados e a questão da isenção até R$ 5 mil do imposto terreno. Então a CESP está lutando para, junto com o governo Lula, construir dignidade e respeito entre toda a classe trabalhadora e principalmente nas representações”, relata Rodinei Rosseto, secretário-geral da CESP
O HT Notícias abre espaço para o Ministro Márcio Macedo e qualquer pessoa mencionada na matéria responder às declarações da presidente Lilian Fernandes e do Secretário Rodinei Rosseto.