Mesmo durante o recesso parlamentar, um pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a agência de publicidade e influenciadores Mynd8 obteve um expressivo apoio, angariando 80 assinaturas em apenas um dia. A Mynd8 está sendo acusada de operar no centro de uma rede de desinformação e fake news, supostamente favorecendo políticos do Partido dos Trabalhadores (PT), como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e prejudicando seus adversários.
Um dos principais apoiadores da CPI é o deputado Maurício Marcon, do Partido Democrático Trabalhista (Pode-RS), que expressou sua satisfação com o rápido avanço do pedido: “Conseguiremos”. Marcon acredita que as denúncias contra a Mynd8 têm o potencial de causar graves consequências para o governo Lula, chegando a afirmar que podem “desmontar” a gestão atual.
O deputado federal Gustavo Gayer, do Partido Liberal (PL-GO), também se pronunciou sobre as acusações contra a agência, ironizando: “É como se a esquerda tivesse sumido da internet”. Gayer destaca a gravidade das denúncias e sugere que a reputação online da esquerda política pode estar seriamente comprometida.
Uma revelação adicional trazida à tona é que a Mynd8 mantinha contrato com a Petrobras. Segundo informações do Diário do Poder, a estatal pagou a quantia de R$48 mil a uma influenciadora vinculada à agência por uma postagem no Instagram. Essa revelação levanta questionamentos sobre possíveis influências indevidas da Mynd8 em setores estratégicos da economia.
O pedido de CPI, além de contar com amplo apoio parlamentar, também ganha força ao se conectar a casos envolvendo grandes empresas e instituições públicas. A investigação promete lançar luz sobre as alegações de desinformação e fake news, oferecendo uma visão mais clara sobre as possíveis interferências da Mynd8 na política e na opinião pública do país.
