Foto: Terra
A polĂtica exige serenidade, paciĂȘncia e, acima de tudo, zelo pela coisa pĂșblica. São esses valores que norteiam o comportamento de um verdadeiro estadista, especialmente em momentos que transcendem interesses pessoais e reforçam a democracia, como a transição de poder. Infelizmente, na recente posse da prefeita de Aracaju, EmĂlia CorrĂȘa, o ex-prefeito Edvaldo Nogueira, do PDT, demonstrou o oposto ao se ausentar da cerimônia de passagem de faixa.
A atitude antidemocrĂĄtica de Edvaldo chama atenção por sua seletividade. Em 2013, ele não teve qualquer problema em comparecer ao mesmo rito solene, entregando a faixa para Dr. João Alves Filho (in memoriam), que havia derrotado o candidato de seu grupo polĂtico, o ex-deputado Valadares Filho. A cena, ainda fresca na memória de muitos aracajuanos, mostra um Edvaldo sorridente, cumprindo seu papel institucional sem reservas. Por que, então, a postura foi diferente agora? Qual seria o impedimento para que ele participasse de um ato tão significativo para a democracia municipal?
A cerimônia de posse é mais do que uma mera formalidade. Trata-se de um simbolismo maior que reafirma a alternância de poder, um dos pilares da democracia. A ausĂȘncia de Edvaldo Nogueira não é apenas uma descortesia para com a nova gestão, mas também uma falta de respeito com a população de Aracaju, que confiou no processo eleitoral para decidir seus representantes.
O gesto mesquinho de Edvaldo, infelizmente, macula sua trajetória polĂtica. Ele teve a oportunidade de encerrar sua passagem pela Prefeitura de Aracaju de forma honrosa, demonstrando grandeza e respeito à tradição democrĂĄtica. No entanto, optou por sair pela porta dos fundos, deixando para trĂĄs um exemplo negativo para os futuros gestores.
A polĂtica exige maturidade, principalmente nos momentos de derrota. A transição pacĂfica e respeitosa não apenas fortalece as instituições, mas também consolida o respeito ao eleitorado. Com sua ausĂȘncia na cerimônia, Edvaldo Nogueira perdeu uma chance de reafirmar sua relevância polĂtica e de deixar um legado de respeito à democracia.
Fica o alerta: em tempos em que a polĂtica precisa ser exercida com seriedade e responsabilidade, a falta de maturidade e de compromisso com os ritos democrĂĄticos apenas enfraquece a confiança da população nos gestores pĂșblicos. A história registrarĂĄ este momento como uma mancha na biografia de Edvaldo, que poderia ter sido evitada com um simples ato de grandeza.