ALESE-2025

Jorginho Araújo tem data para deixar o governo Fábio Mitidieri; saiba quando será

O governador Fábio Mitidieri precisa avaliar até que ponto vale a pena manter Jorginho Araújo na chefia da Casa Civil

Por Higor Trindade em 15/02/2025 às 13:44:12
Foto: Divulgação

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A política, como sempre, é um campo de intensos embates e movimentações estratégicas. Recentemente, as críticas ao secretário-chefe da Casa Civil, Jorginho Araújo, tomaram proporções consideráveis, colocando-o em uma posição delicada dentro do governo de Fábio Mitidieri. O episódio envolvendo a falta de cumprimento ao ex-governador Jackson Barreto [Assista aqui] já havia acendido um alerta sobre sua postura, mas as declarações subsequentes de figuras políticas de peso consolidaram um cenário de crescente insatisfação.

A crítica disparada pelo deputado federal Thiago de Joaldo, acusando Jorginho de liderar um movimento contra seu mandato, somada às reclamações públicas do prefeito de Propriá, Luciano de Menininha, que declarou ser difícil dialogar com o secretário, reforçam a ideia de que sua condução política não tem sido bem avaliada dentro e fora do Palácio de Despachos.

Não é raro que gestores enfrentem resistência e descontentamento, mas o caso de Jorginho Araújo parece ter um diferencial preocupante: o receio de represálias. A existência de figuras influentes dentro do próprio governo que preferem silenciar a expor críticas revela uma atmosfera política que não condiz com o republicanismo pregado pelo governador. Quando um secretário de Estado se torna o centro de tantas críticas, especialmente vindas de aliados políticos, a gestão como um todo precisa estar atenta.

Outro ponto que merece reflexão é a permanência de Jorginho no cargo. Caso deseje disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa, sua saída já tem data marcada: dezembro de 2025. Isso significa que aqueles que o criticam terão que suportar sua presença no alto escalão até lá, a não ser que a pressão política leve a uma exoneração antecipada. O próprio governador Mitidieri já deixou claro que os secretários que pretendem disputar as eleições 2026 deverão deixar seus cargos no fim deste ano.

O que se observa, portanto, é uma crise de imagem e gestão que pode comprometer o andamento de políticas públicas e a harmonia dentro do governo. O governador Fábio Mitidieri precisa avaliar até que ponto vale a pena manter Jorginho Araújo na chefia da Casa Civil, considerando o impacto de sua postura nas relações institucionais e no projeto político do governo. Afinal, a política é feita de diálogo, e quando um articulador se torna um obstáculo para isso, algo precisa ser revisto.

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