ALESE-2025

Senado torra milhões em mordomias: senadores sergipanos lideram gastos com "cotão"

A publicação de Cláudio Humberto reacende a discussão sobre o uso eficiente do dinheiro público no Brasil

Por HT Notícias em 25/01/2025 às 11:20:07
Senadores Láercio Oliveira (PP) e Rogério Carvalho (PT) | Fotos: Assessoria

Senadores Láercio Oliveira (PP) e Rogério Carvalho (PT) | Fotos: Assessoria

Neste sĂĄbado, 25, o renomado jornalista ClĂĄudio Humberto trouxe à tona em sua coluna um panorama preocupante sobre os gastos dos gabinetes dos senadores brasileiros. Em 2024, os 81 gabinetes do Senado Federal custaram impressionantes R$ 39,6 milhões aos cofres pĂșblicos. O levantamento revela uma verdadeira festa com o dinheiro do contribuinte, com despesas que vão desde aluguel de escritórios polĂ­ticos e salĂĄrios de alto escalão até combustĂ­vel, passagens aéreas, segurança privada e propaganda.

O destaque negativo ficou com os senadores Laércio Oliveira (PP-SE) e Nelsinho Trad (PSD-MS), cujos gabinetes lideraram os gastos, consumindo, respectivamente, R$ 809 mil e R$ 803,2 mil ao longo do ano.

"Cotão" milionĂĄrio e ressarcimentos generosos

Grande parte das despesas foi alocada no chamado "cotão", uma verba utilizada para ressarcimento de praticamente qualquer gasto relacionado às atividades parlamentares. Em 2024, só essa categoria somou R$ 29,1 milhões, sem incluir diĂĄrias e despesas com correios.

Entre os maiores consumidores dessa verba estão os sergipanos Laércio Oliveira e Rogério Carvalho (PT-SE), que desembolsaram, respectivamente, R$ 555,9 mil e R$ 554,5 mil em um ano, seguidos de Randolfe Rodrigues (PT-AP), com R$ 550 mil.

Impacto no bolso do contribuinte

Os nĂșmeros escancaram a falta de parcimônia no uso de recursos pĂșblicos por parte dos senadores, evidenciando como as mordomias da classe polĂ­tica continuam pesando no bolso da população. Enquanto milhões de brasileiros enfrentam dificuldades econômicas, os parlamentares mantĂȘm um padrão de gastos que desafia a lógica de austeridade.

A repercussão deve alimentar o debate sobre a necessidade de maior transparĂȘncia e controle nos gastos pĂșblicos, especialmente em um momento em que se discute o papel das verbas indenizatórias e dos benefĂ­cios parlamentares.

A publicação de ClĂĄudio Humberto reacende a discussão sobre o uso eficiente do dinheiro pĂșblico no Brasil. Afinal, até quando o contribuinte serĂĄ responsĂĄvel por financiar excessos e privilégios que, muitas vezes, estão distantes das reais necessidades da população?

Fonte: ClĂĄudio Humberto/DiĂĄrio do Poder

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