Em um episódio que levanta questões sobre liberdade de expressão e direitos trabalhistas, Daniel Costa Pinto, proprietário da DEA Segurança Privada e candidato a vereador de Aracaju pelo Partido Liberal (PL), foi acusado de demitir um funcionário por questões políticas. O senhor Francisco, ex-funcionário da empresa, afirmou que sua demissão ocorreu dias após demonstrar apoio à candidata a prefeita Yandra durante uma carreata.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Francisco relatou que, durante o evento, ele registrou seu apoio à candidata Yandra, abraçando-a publicamente. Dias depois, foi surpreendido com sua demissão. Segundo ele, os proprietários da DEA Segurança Privada justificaram o desligamento pelo fato de ele ter abraçado uma rival da candidata a prefeita apoiada pela empresa. Daniel Costa Pinto, que além de empresário é candidato a vereador, apoia a campanha de Emília Corrêa.
A DEA Segurança Privada é conhecida no mercado por prestar serviços em eventos por todo o estado de Sergipe. A empresa, que pertence a Daniel Costa Pinto, tem contratos com diversos eventos e é uma figura atuante no setor de segurança privada. Agora, além de disputar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Aracaju, Daniel enfrenta acusações de perseguição política contra um ex-funcionário que apenas exerceu seu direito de apoiar um candidato diferente.
A demissão de Francisco traz à tona um debate importante: o direito constitucional de liberdade de expressão e escolha política. A legislação eleitoral brasileira assegura que todo cidadão tem o direito de expressar publicamente seu apoio a qualquer candidato, sem que isso resulte em represálias, especialmente no ambiente de trabalho.
Fica a pergunta: é assim que Daniel Costa Pinto, dono da DEA Segurança Privada e candidato a vereador, trata seus funcionários? A perseguição política vai além da urna e atinge a dignidade do trabalhador?, questiona este jornalista. O caso repercute nas redes sociais e levanta um alerta sobre a necessidade de respeito aos direitos dos trabalhadores, que não podem ser coagidos a apoiar determinado candidato sob pena de perderem seus empregos.
Daniel Costa Pinto ainda não se manifestou sobre as acusações feitas por Francisco, e o caso gera grande repercussão entre eleitores, que cobram um posicionamento do candidato e medidas das autoridades para investigar se houve abuso de poder e violação dos direitos trabalhistas.
Em meio à corrida eleitoral, a situação expõe a necessidade de vigilância sobre práticas que tentam silenciar ou punir cidadãos por exercerem suas liberdades fundamentais, lembrando que o direito ao voto e à escolha política é inviolável.
Em nota a DEA Segurança Privada afirma sobre o acontecido:
A DEA Segurança é totalmente apartidária. Nosso compromisso é com a segurança e o profissionalismo. A pessoa que aparece nos videos que circulam nas redes sociais deixou de prestar serviços para a DEA por motivos, estritamente, profissionais.
Ele, como agente de segurança, se ausentou do posto em que prestava serviço, violando os protocolos de segurança. A conduta do mesmo colocou em risco o posto que ficou desguarnecido no episódio em questão, prejudicando a prestacao de serviço no local.
Devido à divulgação de informações incorretas e sem fundamento sobre essa situação, informo que já estamos tomando todas as medidas judiciais cabíveis para que a verdade seja restabelecida.
É lamentável que páginas e perfis nas redes sociais estejam disseminando essas informações sem sequer nos procurarem para ouvir a nossa versão dos fatos.
Atenciosamente,
DEA Segurança Privada
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