Exclusivo: Decisão Judicial coloca Pesquisa Eleitoral Sub judice em Poço Redondo

Exclusivo: Decisão Judicial coloca Pesquisa Eleitoral Sub judice em Poço Redondo

Uma decisão judicial recente colocou sob questionamento a divulgação de uma pesquisa eleitoral no município de Poço Redondo. A pesquisa, conduzida pelo Instituto de Pesquisa Tabosa Quest LTDA, está no centro de uma disputa judicial após o partido União Brasil entrar com uma representação pedindo a impugnação de seu registro e divulgação. A ação, que tramita sob o processo de número 0600104-14.2024.6.25.0028, levanta sérias dúvidas sobre a metodologia empregada na coleta de dados, colocando em xeque a credibilidade dos resultados apresentados.

O partido União Brasil argumenta que a pesquisa não atendeu a todos os critérios técnicos exigidos pela resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apontando uma série de irregularidades na execução do levantamento. Entre as principais falhas apontadas estão: a) inconsistência na estratificação dos representantes quanto ao sexo; b) fusão irregular de estratos quanto ao grau de instrução; c) irregularidade na categorização do nível econômico dos entrevistados; e d) violação do prazo para complementação das informações necessárias.

Diante dessas alegações, o União Brasil solicitou liminarmente a suspensão imediata da divulgação da pesquisa até que as irregularidades fossem devidamente esclarecidas e corrigidas. Além disso, o partido requereu acesso ao sistema interno de controle dos dados pesquisados, com o objetivo de auditar a veracidade das informações e a metodologia empregada pelo Instituto Tabosa Quest.

A pesquisa em questão foi contratada pela empresa JOSE RAIMUNDO VILELA LTDA, CNPJ: 46.155.652/0001-04, que possui contrato com a Prefeitura Municipal de Poço Redondo, totalizando um empenho de mais de R$ 400 mil no ano. O custo específico da pesquisa foi de R$ 5.500, o que levanta questionamentos sobre um possível conflito de interesses, visto que a empresa contratante presta serviços à administração municipal.

O magistrado responsável pelo caso determinou que a empresa responsável pela pesquisa prestasse esclarecimentos dentro do prazo de dois dias, antes de decidir sobre a suspensão ou não da divulgação dos dados. Em sua decisão, o juiz ressaltou a importância do cumprimento rigoroso das normas estabelecidas pelo TSE para a realização de pesquisas eleitorais, enfatizando que qualquer desvio pode comprometer a legitimidade do pleito eleitoral e a confiança do eleitorado.

A pesquisa eleitoral permanece Sub judice, aguardando a decisão final que poderá determinar sua suspensão e, caso comprovadas as irregularidades, acarretar uma multa que pode variar entre R$ 53 mil e R$ 106 mil. A situação gera apreensão tanto no cenário político local quanto entre os eleitores, que aguardam com expectativa o desfecho desse caso.

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